Luciano Correa olha em volta. Provavelmente todos ao seu redor sabem que sua primeira luta no Mundial de Roterdã será contra o grego Dyonisios Iliadis. Menos ele. Na Holanda, a Federação Internacional de Judô alongou o Mundial. Antes disputado em quatro dias, a competição agora tem cinco.
"A espera é muito grande. E eu sempre faço assim. Antes de competir, nunca sei contra quem vou lutar. Só penso nisso na véspera. Até lá, não procuro saber como foi o sorteio, quem está na minha chave. Deu certo até agora", diz Correa, campeão mundial em 2007 dos meio-pesados.
Aguardar o dia em que entra no tatame, aliás, é um ritual para cada atleta. Sempre sorridente, Danieli Yuri não dá entrevistas um dia antes da disputa dos meio-médios (63kg). "Prefiro não falar nada, só me concentrar nas lutas", explica.
Um torneio mais longo é ruim, também, para os treinadores, que "ganham" mais um dia de trabalho intenso. "Quem sente mais esse dia a mais são os que lutam no último dia (como Luciano). Mas para quem está envolvido com isso, está aqui todos os dias, fica bastante pesado. Eu preferia o outro formato", diz Luiz Shinohara, técnico do time brasileiro.
As mudanças foram feitas para adequar o esporte à televisão e para o público. "No antigo formato, as lutas começavam às 9h da manhã e terminavam às 22h da noite. E acabava sendo um tormento para o público assistiu tudo. Com isso, o público pode ter prazer no Mundial", explica o presidente da FIJ, o romeno Marius Vizer.
Segundo o dirigente, a partir da próxima competição, que será em Tóquio, o torneio deve ser ainda mais longo, como nas Olimpíadas. Em Pequim-2008, o judô foi disputado em sete dias, com um dia para cada categoria do masculino e do feminino. "Só não fizemos isso desta vez porque o contrato já estava assinado para um torneio curto. Mas vamos deixar o torneio mais longo no futuro", diz Vizer.
Fonte UOL Esporte
By Dimi
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