Sensei Angelo Villaça

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Novas Regras 2013 a 2016


Árbitro e juízes:
A arbitragem do combate será feita por apenas um árbitro dentro da área de combate. Este será auxiliado, por mais dois outros árbitros, ou por um membro da Comissão de árbitros e um árbitro, que estarão no vídeo replay e se comunicarão através de um rádio transmissor. Estes árbitros atuarão em um sistema de rodízio. A Comissão de arbitragem irá interferir somente quando julgarem necessário.
Por quê?
Para a pergunta: “Haverá apenas um árbitro arbitrando a luta?” A resposta é claramente não. Haverá sempre três pessoas. Apenas a distribuição dos papéis vai mudar. Em vez de ter três árbitros no tatame, haverá um árbitro na área de combate e um árbitro, sentado à mesa com o vídeo replay. A este árbitro pode juntar um membro da Comissão de arbitragem ou outro árbitro, cuja experiência na utilização do vídeo replay seja reconhecida. Assim, haverá sempre três pessoas para arbitrar uma luta. A comissão de arbitragem intervirá apenas em situações excepcionais. A finalidade desta abordagem é garantir que o lutador que realmente ganhou a luta, deixe o tatame como o vencedor. Para este efeito, um procedimento de arbitragem direto e claro sobre o tatame, com um único árbitro, assistido por outro árbitro e um membro da Comissão de arbitragem, deve tornar as coisas mais fluidas. Será organizado um rodízio entre os árbitros para manter a equidade entre os lutadores e garantir uma ótima recuperação dos árbitros. Os árbitros estarão diretamente envolvidos na vídeo assistência.

Avaliação técnica
- IPPON: para dar mais valor «levar em consideração apenas as técnicas com impacto no chão realmente com as costas», desde que apresentem as características de força, velocidade e controle. Em qualquer situação que não houver grande impacto e a projeção tiver mais de um tempo, deve ser marcado Waza-ari.
- YUKO: Impacto lateral. Quando cair com o braço recolhido para dentro ou com o braço ao longo do tronco deverá ser pontuado. Quando cair com o braço aberto para fora do tronco não será pontuado, mesmo que o impacto tenha sido lateral.
Por quê?
Por definição, um ippon claro é uma técnica executada com força, velocidade e controle, e com impacto nas costas. Uma redefinição do ippon será levada em consideração, a fim de valorizar realmente o objetivo de todo atleta: marcar o ippon. O judô pode ser assistido pelo público desde que o objetivo seja bem definido.

Queda na posição ponte:
Todas as situações de queda na posição da ponte serão consideradas Ippon.
Por quê?
Considera-se como uma técnica perigosa, e desta forma deve ser evitada, qualquer tentativa de amortecer a queda (pelo UKE – aquele que esta caindo) na posição de ponte. Esta ação será considerada ippon (para TORI - aquele que executou a técnica de arremesso) sob quaisquer circunstancias.
Penalidades:
Durante a luta, poderão ser aplicados três Shidos e o quarto será considerado Hansoku-make (3 advertências e, em seguida, desqualificação). Os Shidos não se converterão em pontos para o outro lutador, apenas a execução de técnicas poderá significar pontos no placar.
Ao final da luta, se a pontuação permanecer igual, ganha aquele estiver com menos Shido.
Se a luta continuar e for para o "Golden Score" (devido a um empate), o primeiro atleta a receber um Shido perde o combate, da mesma forma, o primeiro atleta a marcar uma pontuação será proclamado o vencedor.
Por quê?
Para evitar o crescente número de competidores que tentam ganhar apenas através das penalidades em vez de tentar ganhar com uma pontuação, e também para restabelecer o equilíbrio em favor das pontuações obtidas por técnicas de judô, desta forma, muda-se completamente a filosofia da penalidade. Penalidades ainda existem, e depois de quatro delas (shido), o atleta será desclassificado, como tem sido até agora. No entanto, não há mais paralelo entre as pontuações (yuko, waza-ari) e as penalidades. A vantagem prevalecerá para o lutador que ataca e pontua. No entanto, se nada for marcado (nenhuma vantagem técnica), aquele que tiver menos faltas irá vencer. Mais uma vez, isto dá a vantagem para o competidor que tenta ao máximo executar técnicas e que está praticando o mínimo de anti-judo.

Ações penalizadas com Shido:
- Romper a pegada com as 2 mãos.
- A pegada cruzada deve ser seguida imediatamente por um ataque. A mesma regra vale para a pegada na faixa e a pegada de um só lado, caso isto não aconteça o atleta deverá ser imediatamente penalizado.
- Os árbitros devem punir os competidores que não façam um rápido Kumikata ou que não permitam que o adversário segure em seu judogui.

- Não é permitido tirar a pegada com duas mãos, nem usando a perna, batendo com a mão ou segurando na calça e puxando para trás, em todas estas situações o atleta será punido com o shido.
- Abraçar em volta do adversário de uma forma direta. (Abraço de urso). Caso haja o kumikata com pelo menos uma das mãos, a ação será válida.
Por quê?
Fazer a pegada (kumikata) é parte de uma competição de judô. Buscar o melhor kumikata para executar uma bela técnica é lógico e necessário. Desta forma, Impedir que o adversário faça sua pegada, sem um ataque imediato, torna o combate pouco construtivo. Recentemente, verificou-se que o processo de bloqueio do adversário se tornou predominante em muitas lutas, levando a combates longos e chatos. Assim, as decisões que foram tomadas visam corrigir isso e o objetivo não é impedir o trabalho de kumikata, mas sim, torná-lo ativo e construtivo.

Penalizados com Hansoku-make:
- Todos os ataques ou bloqueio com uma ou duas mãos ou com um ou dois braços abaixo da cintura em Tachi-waza. Em Ne-waza a pegada na perna será permitida.
- Em caso, de pegada de perna em Kaeshi-waza (por parte do uke) e a projeção for pontuada com Ippon, permanece a marcação. Caso a pontuação for waza-ari, yuko ou nenhuma marcação, o uke será punido com Hansoku-make.
Por quê?
Como é do conhecimento de todos, o objetivo do judô é simples: marcar Ippon. Para isso, há muitas possibilidades de fazer do judô um esporte fantástico, sem ele deixar de ser uma atividade técnica. Mais clareza é necessária para que os próprios judocas possam entender a luta, para que arbitragem seja facilitada, e também para o público. A pegada direta de pernas foi proibida das competições de judô dos últimos anos. Os resultados são óbvios: algumas técnicas desapareceram e apareceram movimentos espetaculares, antes impossível de serem executados por causa da posição dos lutadores. A exceção feita com respeito à pegada direta de pernas no caso de pegada cruzada dificultava às vezes a arbitragem, apesar de um vídeo ser usado. Portanto, todo ataque de bloqueio em baixo da cintura, feito em posição vertical, será sancionado através de Hansoku-make, sem exceção.

Ossaekomi e Shime-waza e Kansetsu-waza:
- Continuará sendo válido, mesmo fora da área sempre que iniciar dentro da área de competição.
- Pontuação do Ossaekomi: 10 segundos para Yuko, 15 segundos para Waza-ari e 20 segundos para Ippon.

O Shime-waza e Kansetsu-waza que iniciaram dentro da área de competição e reconhecido como sendo eficaz para o adversário pode ser mantida mesmo se os competidores estão fora da área do combate.
Por quê?
Observou-se uma falta de coerência no fato de uma ação em Tachi-waza poder começar dentro da área de combate e terminar fora, sendo pontuada, e o equivalente não ser válido para o trabalho de chão. A partir do Grand Slam de Paris, uma imobilização que iniciar dentro, poderá ser concluída fora da área de combate e a única possibilidade de parar esta imobilização será saindo dela. Apenas sair da área de combate não será suficiente. O mesmo será observado para chaves de braço e estrangulamentos. Se ficar demonstrado claramente que a ação esta se desenvolvendo dentro da área de combate (braço estendido, chave de braço engatada ou estrangulamento engatado), a conclusão pode ser realizada fora. Se o braço não estiver esticado ou se não houver um estrangulamento, o árbitro irá comandar o mattê e reiniciará o combate a partir da posição de pé.
O tempo ocioso na luta será reduzido para tornar o combate mais dinâmico. É certo, que os primeiros 10 segundos de imobilização são os mais importantes. Na maioria dos casos, após 10 ou 15 segundos, há pouco as chances de escapar de uma imobilização e é partir dai que muitas vezes os abandonos ocorrem.
A saudação (Rei-Ho):
Ao entrar no tatame, os lutadores devem andar até a entrada da área de combate ao mesmo tempo e realizar a saudação uns aos outros. Após este ritual, os competidores devem iniciar o combate sem realizar o “toque de mãos”.
Por quê?
O Judô é um esporte cujos valores são mundialmente conhecidos e reconhecidos. No judô, há uma 'cerimônia', que é aceita por todos e que é parte do DNA do nosso esporte e deve ser respeitada. A saudação é o símbolo do nosso código moral e esta acima de qualquer tendência, sendo assim, os competidores serão convidados a realmente respeitar o procedimento da saudação, da forma como foi definida desde a invenção do judô. No início da luta, não será permitida a utilização de outros sinais da saudação tradicional. Entretanto, ao final da luta, após a saudação, os combatentes estão autorizados a apertar a mão e felicitar-se com respeito.
Duração dos combates
- Não haverá limite de tempo para o Golden Score (O hantei foi cancelado).
Por quê?
Foi constatado recentemente que um grande número de lutas acabavam no Golden Score com a decisão sendo feita através das bandeiras dos árbitros. Ao se aproximar o fim do combate, alguns judocas já estavam contando com esta decisão para poder vencer. No entanto, o objetivo principal da luta no judô é e sempre será marcar o ippon, ou pelo menos marcar uma vantagem que faça a diferença. A fim de evitar estes numerosos casos, a decisão através das bandeiras não será mais utilizada durante as lutas. O Golden Score, será a partir de agora “aberto” até que um lutador marque uma vantagem ou até que ele seja penalizado, e a decisão será tomada somente em função do mérito técnico dos judocas.

Fonte: www.ijf.org e http://cbj.com.br/index.php?secao=noticias&detalhes=2903

By Dimi